sábado, 3 de novembro de 2012

Aikido e Literatura


Inicio hoje uma série de posts, não consecutivos, sobre livros sobre Aikido, ou relacionados a essa arte. É importante lembrar que, para aprender algo como o Aikido, nada substitui o treino e prática regular, os livros vem para complementar a rotina de treinos no dojo e para trazer uma nova perspectiva filosófica. A palavra de seu sensei (professor) é a lei no tatami. A leitura de livros e a visualização de vídeos e/ou documentário sobre o assunto não devem ser usados para questionar ou confrontar o sensei, mas engrandecer seu conhecimento sobre a arte, além de demonstrar seu interesse e comprometimento por ela. Sendo assim, vamos à resenha:

O dojo e seus significados: um guia para os rituais e etiqueta das artes marciais japonesas, de Dave Lowry.


Eu não conhecia o trabalho do autor antes dessa obra, mas nada que uma pequena pesquisa na internet não resolva. A melhor coisa sobre esse livro é que o autor ocidental não tentar “ser japonês”, pois não importa o quanto você estude uma cultura estrangeira, você nunca terá a compreensão completa de conceitos com os quais você não foi criado.

Lowry reconhece que os conceitos que envolvem as artes marciais japonesas não são os seus, mesmo que ele tenha vivenciado-os diretamente em suas estadas no Japão, e tenta explicá-los de maneira mais palatável a um ocidental. Em alguns momentos a explicação pode ficar longa demais, mas em nenhum momento Lowry se concentra em detalhes de detalhes (aqueles que o fazem não querem explicar, apenas querem demonstrar seu amplo conhecimento de algo que não entendem), sua atenção está no que importa.

O livro trata de desmitificar conceitos comuns em várias artes marciais japonesas, além de acabar com diversos mitos. Fica muito claro que a todo o exotismo e mística da cultura japonesa foi criada por ocidentais que não tiveram as explicações que esperavam sobre o assunto.

Todos aqueles que levam artes marciais a sério, e não apenas como uma atividade física ou um esporte, devem ler esse livro, principalmente os mais graduados. Não sei se recomendaria este livro para um iniciante, pois este pode tornar a arte muito mais ritualizada do que o necessário. Muitos alunos mais avançados levarão um puxão de orelha ao entrar em contato com esta obra, pois em muitos momentos ele pode se ver como um exemplo do que não fazer.
Ponho abaixo alguns trechos do livro para que se possa conhecer um pouco mais.
Espero que gostem e, mais importante, leiam o livro. Comentem e contribuam para as discussões.

“Aqui, no centro da área de treinamento, os budoka são convocados para produzir, para oferecerem o melhor de si, sem dar desculpas. (...) no coração do dojo, as desculpas não têm significado. O que importa é o que fazemos ou o que deixamos de fazer. Nenhuma desculpa é necessária ou suficiente.” (p. 35)
“(...) o aprendizado acontece com a interação entre as pessoas no dojo, tendo os mais antigos e os mais novos como iguais.” (p. 158)
Referência bibliográfica

LOWRY, Dave. O dojo e seus significados: um guia para os rituais e etiqueta das artes marciais japonesas. São Paulo: Pensamento, 2012. 184 p.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Seminário Blumenau 2012

Oi, Gente!

Essa fotos eu peguei com o Edson de Blumenau. Ainda não deu tempo de baixar as fotos e os vídeos que nós fizemos no seminário. Assim que eu baixar, vou postar aqui.

Foto Oficial

Grupo de Florianópolis com Nishida-sensei

Nishida-sensei explicando técnica

Exame de Nidan